Um bairro que tem a simpatia de todos, mas que passa por momentos de reestruturação. Esse é o Alto da Boa Vista. Com cerca de 20 mil habitantes, faz parte do Maciço da Tijuca, tem uma temperatura agradável, mas sofreu com crises financeiras e a pandemia de Covid-19. Muitos estabelecimentos fecharam. Mas há empresários que acreditam no bairro, permanecem mesmo com as dificuldades e que contribuem para essa reestruturação.
"Estamos tentando sobreviver. Além do bairro que modificou muito ao longo dos anos, tinha mais comércios e que fecharam. Apesar de pouco tempo de comércio, apenas cinco anos, enfrentamos uma crise e a Covid-19. Mas estamos nessa missão de reconstrução do bairro e apostando na virada", relata o empresário Adilson Pedro do Rosário, da Beraldini Material de Construção.
Já o comerciante Flávio Gonçalves de Lima, da Bom Trigo Padaria e Confeitaria, as mudanças de governo tem causado instabilidade.
"De 2008 a 2014 foram, graças a Deus, momento de glamour, mas na crise de 2014, com as roubalheiras de governos, tivemos uma queda enorme de faturamento e isso se arrastou até o ano de 2018. Mesmo na pandemia, não tivemos momentos tão ruins como nesses anos em questão de estabilidade. Agora, em 2023, com a nova mudança de governo, temos novamente essa queda no rendimento e uma instabilidade tanto para os comerciantes quanto para a população do Alto", refletiu.
Investimento para retomar
Já o proprietário do Estação do Alto, Naldo Pessoa, nunca deixou de acreditar no bairro. Com o restaurante há 12 anos no Alto, investiu no estabelecimento, com diversos rótulos de cachaça (leia aqui) e acabou de instalar teto solar no restaurante.
"Apesar das dificuldades, conseguimos sobreviver. E se preparando para o futuro. Investimos em energia renováveis, instalamos placas solares, reciclamos óleo. Não adianta esperarmos a situação de Governo, temos que fazer nossa parte, sem esperar nada de ninguém. E sempre ajudando a todos, melhorando o nosso redor. Sou entusiasta do bairro, amo o Alto da Boa Vista e faço tudo para que o bairro volte a ser o que era antes", finaliza Naldo.