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Retomada do Comércio

Vendedores de rua voltam a comercializar mercadorias na região da Grande Tijuca

Ambulantes legalizados aguardam autorização para reabertura do Mercado Popular da Tijuca

Foto: Leonardo Pimenta
Foto: Leonardo Pimenta

O novo decreto de retomada gradual das atividades na cidade do Rio de Janeiro e a circulação de pessoas pelas ruas da região da Grande Tijuca vêm motivando os camelôs a voltar a ocupar a calçada do Rio. Apesar da pandemia do coronavírus, muitos vendedores de rua decidiram voltar a comercializar as suas mercadorias, já que vários deles não conseguiram receber o auxílio emergencial de 600 reais. Com as contas para pagar, aluguel e sem ter o que comer em casa, esses ambulantes não legalizados tentam sobreviver em meio a Covid-19.

"Eu vendo mercadorias nas ruas da cidade há 5 anos e sempre mantive minha família, mas com o coronavírus tive que ficar esses meses em casa. Me inscrevi para receber o auxílio emergencial, mas até hoje está em análise. Minha mulher é diarista e também não conseguiu. Tenho vivido de doação de cesta básica. Resolvi voltar para as ruas para poder ganhar alguma coisa e poder pagar minhas contas", disse Jose Antonio Ferreira, que vende roupas nas ruas do Rio Comprido.

Já os ambulantes legalizados pela Prefeitura do Rio estão voltando aos poucos para seus pontos cadastrados. Na região da Grande Tijuca, são, aproximadamente, 1500 ambulantes cadastrados, que só poderão trabalhar, após a liberação, por fases, e deverão seguir as regras de ouro estipuladas pelo decreto, como higienização de mãos, disponibilizar álcool em gel, usar EPI's, manter o distanciamento de, aproximadamente, dois metros, evitando aglomeração. A maior concentração de ambulantes legalizados trabalham no Mercado Popular da Tijuca e ainda aguardam a liberação para poder retomar as atividades no local. Com a pandemia da Covid-19, muitos estão em casa desde o mês de março e alguns não receberam o auxílio emergencial. O presidente da Federação das Associações de Ambulantes do Rio de Janeiro, Marcelo Veras, esclarece que nem todos os ambulantes autorizados têm permissão para atuar nessa primeira fase do plano de reabertura e que existe uma diferença entre o que está legalizado e o não legalizado que trabalha nas ruas.

"O comércio ambulante tem vários seguimentos. Esse seguimento que vemos hoje nas ruas, a maioria não tem autorização para comercializar, e devido ao desemprego e à crise financeira, recorrem a essa alternativa para sobreviver. Então, esses ambulantes de rua que estão espalhados pela cidade toda não tem autorização e a fiscalização não tem condição humana para poder administrar a cidade toda em um processo de organização. Com a crise financeira na cidade e no país, essa Covid-19 agravam ainda mais a situação. Agora os ambulantes que são legalizados, esses estavam parados. Então, o decreto vem sensibilizar, para que alguns dos 14 mil viessem trabalhar. Desses 14 mil hoje estão autorizados apenas 7 mil que possuem barraquinhas padronizadas que possuem produtos de higienização disponíveis com álcool gel, luva e utilizando máscara, que as determinações estavam pedindo. Porque, caso eles não sigam as regras, eles podem ser multados por não cumprirem, e é diferente de quem não tem regra. O que é legalizado vai procurar obedecer às regras, diferente do que não tem e vive fugindo, mas está tentando a sua sobrevivência também. Na Grande Tijuca, são, aproximadamente, 1500 ambulantes legalizados e a maioria deles são concentrados no Mercado Popular da Tijuca, que está fechado, e o decreto ainda não autorizaria o funcionamento. Os ambulantes regularizados de Vila Isabel, do Grajaú e da Tijuca têm as barraquinhas distanciadas umas das outras e não são intercaladas. O Prefeito somente autorizou os que não geram concentração de pessoas", disse Marcelo Veras.

O ambulante para ser legalizado deve passar por um processo seletivo organizado pela Prefeitura do Rio e que obedece a critérios, como prioridade de escolha, os portadores de necessidades especiais, os ex-presidiários e os idosos. No processo seletivo, existe um critério de pontuação e a escolha respeita o número de vagas para cada bairro. A demarcação das áreas que podem receber os ambulantes legalizados é feita pela Coordenação de Controle Urbano, que vai para os locais e determina os espaços que podem ser utilizados e o espaço entre as barracas. O trabalhador legalizado pode retirar a sua MEI e ter um auxiliar.

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