Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

"Valeu, o delivery carioca"

Prefeitura do Rio lança novo aplicativo que beneficia entregadores de aplicativo

Estabelecimentos não terão custo sobre pedidos de até R$ 100

Foto: Tarso Ghelli / Divulgação / Prefeitura
Foto: Tarso Ghelli / Divulgação / Prefeitura

A Prefeitura do Rio lançou, nesta segunda (28), o primeiro aplicativo de entrega de alimentos desenvolvido pelo poder público no Brasil. Com a menor taxa do mercado, o Valeu, idealizado pela Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, terá custo zero para os restaurantes em pedidos até R$ 100 e poderá dobrar a remuneração dos entregadores.

"Em 2020 ouvi pela primeira vez que o iFood cobrava uma taxa muito alta nas entregas. Além disso, comecei a ver as condições de trabalho dos entregadores, que ganhavam uma merreca. Falei, então, para criamos o Taxi.Rio de delivery de restaurantes. A atividade econômica que mais se reinventou na pandemia foi essa. Estamos permitindo que essas pessoas possam ganhar dinheiro e se desenvolver", disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Sufocados pelas taxas de serviço que variam de 28% a 41% sobre os valores dos pedidos em outros aplicativos, os restaurantes que aderirem à plataforma municipal vão ter um respiro. A Prefeitura não cobrará taxa de manutenção do serviço sobre compras até R$ 100, que representam 85% do total dos pedidos nos demais aplicativos. A cobrança será escalonada em pedidos a partir de R$ 100, fixada em 2% sobre os que variarem entre R$ 100 e R$ 200 e 5% nos acima de R$ 200. Com isso, a economia dos estabelecimentos vai variar de 17,5% a 21% no Valeu.

Já para os entregadores, os ganhos poderão representar o dobro da remuneração que recebem em outras tecnologias. Nas compras até R$ 100 reais, o profissional vai receber um mínimo de R$ 7 por pedido, 27,2% a mais do que a média de R$ 5,5 praticada no mercado. Em compras acima desse valor, o entregador vai receber, além do mínimo de R$ 7, mais 2% do valor do pedido, o que já representará um aumento de 100%. Os valores serão pagos diretamente pelos restaurantes.

O aplicativo, desenvolvido pela Empresa Municipal de Informática do Rio (IPLANRIO), está em fase de testes, mas está disponível nas lojas Google e Apple para a população baixar, se familiarizar e realizar pedidos. A ferramenta já estreia com restaurantes cadastrados em vários pontos da cidade e está aberta para novas adesões, sem taxa ou mensalidade. Os estabelecimentos interessados em entrar no Valeu encontram um passo a passo no site http://entrega.portalpcrjwp.hom.rio.gov.br/. Neste primeiro momento, a plataforma não será aberta para cadastro de entregadores. Os pedidos serão entregues por profissionais já vinculados aos estabelecimentos.

Além da taxa mais competitiva, o aplicativo também será mais democrático. Diferente do que acontece com as tecnologias do mercado, em que os estabelecimentos maiores pagam para ficar em destaque na página inicial, o algoritmo do Valeu vai priorizar os restaurantes mais próximos do usuário. A estimativa é de chegar a 2,5 mil estabelecimentos ao final de 12 meses de operação.

"Criamos plataformas, anos atrás com o Táxi.Rio e agora com Valeu, que atuam nas falhas de mercado como, por exemplo, as excessivas taxas de cobrança de intermediação. Quando colocamos que a tarifa é zero até R$ 100 em compras, isso cria uma ruptura em relação aos demais aplicativos. Bares e restaurantes vão ter custos menores e os entregadores ganhos maiores. Agora, precisamos da adesão de bares e restaurantes para que a plataforma funcione, que eles entrem e coloquem os cardápios. Só assim fará sentido para os consumidores. Por isso insistimos nas vantagens do Valeu para todos", frisou o secretário de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo.

Nova greve dos entregadores de aplicativo

Os entregadores de aplicativo estão marcando uma nova carreata para essa terça (29), na cidade do Rio. Os manifestantes pedem melhores condições de trabalho, o fim de bloqueios indevidos e maior remuneração. De acordo com a categoria, atualmente, cada entregador recebe um valor fixo por corrida e um variável por distância percorrida. Eles argumentam que os dois valores são insuficientes para custear as despesas básicas. Eles requerem também que as empresas elevem a taxa mínima e a taxa por quilômetro. O grupo argumenta que são impedidos de continuar prestando o serviço sem explicações.

Deixe sua opinião

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis