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Pior que Covid-19

Humanoide-20: a 'doença' de pessoas que não cumprem corretamente o isolamento

Especialistas falam sobre as características destas pessoas que retardam o 'novo normal'

Uma pessoa com máscara cercada de outras sem (Foto: Jorge Hely)
Uma pessoa com máscara cercada de outras sem (Foto: Jorge Hely)

No meio da pandemia mundial de Covid-19, há uma outra "doença" que profissionais de saúde e sociedade tem enfrentado, principalmente no Rio de Janeiro, que tem mais de 30 mil casos e três mil óbitos: é o Humanoide-20. Pessoas que tem feito justamente o contrário que se pedem durante o isolamento social determinado, como ficar em casa, higienizar mãos e materiais usados e, principalmente, usar máscaras caso tenha que ir em algum local. A não adesão destas pessoas faz com que o contágio do vírus ainda se propague, lotando os leitos disponíveis e adiando um possível relaxamento do protocolo municipal criado. Mas por que há pessoas que "fazem o contrário"? Qual o diagnóstico sobre estas pessoas? O portal Grande Tijuca ouviu dois especialistas.

"O que acontece é que há muitas pessoas egoístas. Essa palavra impacta tanto, mas, na verdade, são pessoas que seus desejos e vontades a frente dos demais e tem dificuldade de empatia. Os números são assustadores do Covid-19 e fazem pouco caso. São pessoas com dificuldade de compreender a sociedade. "Eu quero sair, quero trabalhar", tudo é "eu quero". Acredito que essas pessoas sejam um menor número. Se colocar na ponta do lápis, todos estão insatisfeitos com a quarentena e é necessário união entre as pessoas", explica a psicóloga Andréia Dumas. Segundo a especialista, há também pessoas com transtornos de humor que fazem o papel do "contra".

"Outro ponto que acredito ser o mais importante são as pessoas que não tem a ânsia de viver. Fala-se muito em depressão, mas há casos mais brandos de transtornos de humor. Pessoas que tem baixa estima, infelizes na vida amorosa, profissional, etc, que tem dificuldade de entender esse momento que estamos passando e se eximem de responsabilidades", completou.

Já o também psicólogo Luiz Ainbinder, acredita que há muitos casos, realmente, de pessoas que precisam sair para resolver problemas. Mas existem aqueles que vivem "no limite".

"Não dá para generalizar. Há muitas pessoas que não tem condições de ficar em casa e precisam resolver seus problemas. Mas temos aqueles que praticam o lema "proibido é mais gostoso". Além daqueles que fazem autossabotagem, que se prejudicam e não se dá conta que prejudicam outras pessoas", finalizou Aunbinder.

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