Dando continuidade às entrevistas com os prefeitáveis das eleições municipais do Rio de Janeiro, trazemos a candidata do Partido da Mulher Brasileira (PMB) Sued Haidar. A maranhense de 61 anos, se mudou para o Rio de Janeiro no final dos anos 1970. Nas últimas eleições, ela foi candidata a deputada federal pelo estado do Rio, obtendo 5.279 votos válidos (0,07% do total). A candidata se define como ativista social e política.
Por que você deseja ser prefeita do Rio de Janeiro? O que te motivou a encarar o desafio?
Porque como todos os moradores da cidade do Rio de Janeiro, estou cansada de viver em uma cidade desgovernada e castigada pela corrupção.
Governarei sob três pilares: a Governança, a Resiliência e o Humanismo. Governarei com a orientação do povo através do Conselho Científico de Governança Cidadã junto com o povo e com as categorias profissionais, de pesquisa e acadêmica.
Tenho um programa inédito, sem plágio e construído com a sociedade que aspira um governo justo e comprometido com a cidade do Rio de Janeiro.
Qual a importância da região administrativa da Grande Tijuca para a gestão pública. Quais seus principais projetos para a região?
A Tijuca está na Zona Norte. O meu governo terá um programa de atenção exclusivo para esta região. Serão as Zonas de Atividades Concentradas, onde incentivarei empresas se instalarem nesta região para gerar empregos, desafogando o trânsito e promovendo o investimento de 1% do ISS em programas voltados para juventude, a cultura e o turismo.
Para as demais demandas da Tijuca e da região, sentarei com membros do conselho científico de governança cidadã, com todas as organizações associativas após um profundo diagnóstico que farei logo nos primeiros 100 dias de gestão e tomaremos a decisão junto com a população.
Quanto à agenda, para toda administração aponto no meu programa ações de atenção para a Tijuca e toda região.
Caso seja eleita, quais serão suas propostas para a gestão da saúde no município, principalmente pelo prisma da pandemia. Até porque, se eleito, ainda enfrentará o vírus.
Para conter a pandemia, não havendo vacina, governarei sob orientação da OMS e com bom senso e responsabilidade.
Farei um diagnóstico do SUS.
Estruturarei a atenção básica nas clínicas da família, garantirei a acessibilidade, ampliarei e reestruturarei as UPAS, auditarei todos os contratos e instalarei um programa de compliance e de fiscalização com transparência digital.
Uma das questões que os moradores da Grande Tijuca reclamam muito é segurança pública. Durante a pandemia, inclusive, na falta de "vítimas nas ruas", tivemos furtos de cabos de aço, portões de ferro, bicicletas. O que a Guarda Municipal realizará na sua gestão?
No meu governo, a guarda municipal será qualificada e preparada para garantir a sensação de segurança e cumprimento da sua missão que é assegurar tranquilidade nos espaços públicos, patrimônio, escolas.
Assegurando para idosos e crianças paz e tranquilidade.
Um dos maiores problemas vividos pelos cariocas, incluindo moradores da Grande Tijuca, é o desemprego. A pandemia fez com que tradicionais empresas, restaurantes e demais comércios fechassem as portas. O que fazer para retomar a economia no município e como ter mais ofertas de empregos na cidade?
Desenvolverei o aquecimento econômico no setor da cultura e turismo com o programa das Zonas de Atividades Concentradas (ZACs) que irá gerar emprego, reestruturar os condomínios empresariais com investimento do ISS para o setor.
O Sambódromo foi alvo de polêmicas nos últimos Carnavais. O período de folia, inclusive, teve redução do investimento da Prefeitura. E é sabido o quão importante para a economia e turismo da cidade o período do Carnaval. Como será tratado o Carnaval na sua gestão? Vai ter mais investimento? E os blocos?
A prefeitura continuará investindo no carnaval e ampliará o reconhecimento das escolas de todos os grupos assim como os blocos e as escolas mirins. O carnaval é um dos maiores eventos culturais que mobiliza todo Rio e nós incentivaremos que o carnaval aconteça e aqueça a economia de todo Rio de Janeiro.
O Rio, depois das Olimpíadas, teve o "legado olímpico" de equipamentos esportivos que foram abandonados pelo poder público. Dinheiro público que está parado. O que planeja para estes espaços?
Planejo garantir seus funcionamentos combatendo a corrupção, equilibrando as contas públicas para garantir investimentos nesta área e a integração dos setores do esporte, cultura e lazer.
Qual é o posicionamento da candidata sobre o Plano de Carreira dos Profissionais da Educação, o investimento na valorização e qualidade do trabalho e estrutura das escolas?
Pretendo garantir a valorização do servidor, governar com o conselho de educação e a categoria organizada. Garantirei o equilíbrio econômico do governo para garantir investimentos. Criarei o sistema de monitoramento da educação para acompanhar a qualidade de conteúdo, infraestrutura, garantia sanitária para que aluno, servidores, família e professor possam integrar a boa governança na educação.
Criarei a exemplo dos países desenvolvidos em educação sólida a Escola Municipal de Formação de Professores que garantirá qualificação e suporte aos professores.
O estado do Rio tem tido, nos últimos governos, diversos casos de corrupção, com governadores cassados, presos e escândalos desvendados. Isso ocasionou uma 'falência' que resultou num pedido de recuperação fiscal. E há informações que o município também poderá ter problemas de fluxo de caixa. O que fazer para que a corrupção não se instale no seu governo e como fazer para o município arrecadar mais e evitar o mesmo caminho do Estado?
Governar com o Povo através do conselho científico de Governança cidadão, com um programa de compliance, auditando todos os contratos e fiscalizando a cogestão no governo.
Que recado deseja falar para os eleitores do Rio. Por que sua chapa é a melhor opção para o município?
Porque minha candidatura é ficha limpa, tenho um programa de governo para a boa governança, pela resiliência e com humanismo. Porque estou preparada com o melhor programa de governo para o Rio onde a agenda é intolerante a corrupção e pela garantia da participação popular.