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Sem noção

Rolé da madrugada atormenta moradores da Grande Tijuca novamente

Polícia Militar estuda ações para coibir ação que tira o sono de moradores

Foto: Reprodução de internet
Foto: Reprodução de internet

A madrugada desta quinta foi de muito barulho, de novo, pelas ruas da Grande Tijuca. Mais uma vez, centenas de motociclistas passaram com suas motos potentes pelas vias da região, entre uma e duas horas da manhã, acordando pessoas e deixando indignadas pessoas que procuram dormir. A reclamação ainda é redobrada, quando o grupo passa por hospitais ou atinge pessoas que sofrem certos tipos de doença, como autismo.

"Quem são os motoqueiros retardados que estão a essa hora perturbando quem trabalha e não tem a vida ganha?? Só pode ser um bando de desocupados né? Vão arrumar um serviço seus bostas! Parem de acordar trabalhadores que acordam cedo pra ganhar o sustento! Procurem algo útil pra fazer! Vagabas!", expôs uma moradora de Vila Isabel.

Fazendo uma pesquisa superficial na rede de buscas Google, o problema não é de hoje. Há reportagens de outros veículos de comunicação citando o movimento em 2016. Tem até grupo em Facebook. O "Rolé Zona Norte" tem 3,9 mil pessoas e é fechado. No Twitter, o número de seguidores é ainda maior: quase 32 mil.

Em uma publicação no site "Eventos Motociclísticos", um motoqueiro fala sobre os participantes do rolê.

"Todo mundo é envolvido com moto. Mas não só motoqueiro. Tem gente formada, tem motos potentes e caras. Não é só 150 (cilindradas), 100 (cilindradas), afirmou.

A participação do grupo não é somente na Zona Norte, conforme o nome do grupo sugere. No Twitter do grupo, há concentração e rolé pelas zonas Sul e Oeste.


É lei

Em 2017, através da Lei Orgânica do Município, foi promulgada a Lei 6.179. Em seu artigo 2º, "considera-se poluição sonora prejudicial ao meio ambiente, à saúde, à segurança ou ao sossego público o barulho, de qualquer natureza, inclusive o produzido por animais domésticos, voz humana, som musical, obras, reformas, meios de transporte rodoviários, aquaviários e aéreos, ou qualquer outro ruído que atinja, no ambiente exterior ao recinto em que tem origem, nível sonoro de decibéis superior ao estabelecido na legislação vigente".

No artigo seguinte, "constitui infração a ser punida na forma desta Lei perturbar o bem-estar e o sossego público ou da vizinhança com algazarras ou barulhos de qualquer natureza, inclusive os produzidos por animais domésticos, voz humana, som musical, obras, reformas e outros capazes de prejudicar o meio ambiente, a saúde, a segurança ou o sossego público".

Pela lei, o valor da multa aplicada para quem descumprir esta determinação é de R$ 500 (quinhentos reais)

A Guarda Municipal poderá fazer vistorias, apurar e aplicar sanções a toda perturbação ao sossego, à saúde, ao meio ambiente ou à segurança pública produzida por barulho excessivo, nos termos do art. 5º, III, IV, V, XII, XIII e XIV da Lei Federal nº 13.022, de 8 de agosto de 2014.

§ 2º Se necessário, a Guarda Municipal poderá solicitar o auxílio das autoridades policiais no desempenho da ação fiscalizadora.

E o que dizem as autoridades?

Procuramos o comandante do 6ºBPM (Tijuca) coronel Luciano de Vasconcelos. Ele afirmou que irá monitorar as ações noturnas e que poderá realizar uma operação para coibir o rolé na área da Grande Tijuca.

Procuramos a Prefeitura do Rio, que em nota, informou que "a Guarda Municipal não foi acionada pela Central 1746 e também não recebeu pedido de apoio para qualquer tipo de evento motociclístico recente, pois certamente os organizadores teriam sido orientados. A Guarda Municipal esclarece ainda que somente uma blitz policial poderia impedir o deslocamento de diversas motocicletas ao mesmo tempo".

Procuramos também ouvir o grupo "Rolé Zona Norte". Via Twitter, limitou-se a dizer: "Tem como não, manda eles reclamarem com o Bolsonaro".

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