A última reportagem que o portal Grande Tijuca fez sobre reclamação de moradores sobre ausência de poda de árvores, a Comlurb, em nota, informou que "todas as vistorias da equipe de manejo arbóreo da Comlurb são feitas com base nas solicitações dos cidadãos à Central de Atendimento 1746 da Prefeitura. Esse é o canal oficial para o pedido de podas pelos cidadãos. De posse do protocolo, é programada a ida da equipe ao local, sempre com engenheiro florestal/agrônomo". Mas não é o que moradores alegam que ocorrem.
Diversas reclamações feitas sobre a falta de poda tem, como base, protocolos feitos na plataforma 1746. Denúncias de um, dois, até mais de três anos sem nenhuma visita ou solução por parte da Comlurb.
Uma da reclamante, a consultora de pequenos negócios Kelly Santoro, procurou o portal imediatamente após ler a reportagem e a resposta da Comlurb.
"Devo informar que as informações da Comlurb são enganosas. Tenho vários protocolos (cinco) desde maio de 2023, com laudo de engenheiro florestal da Prefeitura, dizendo que necessita de poda em razão desse motivo e também de cupim na árvore em frente ao meu prédio (Rua Desembargador Izidoro, Tijuca). E até agora não fizeram. Tenho reclamações junto a ouvidoria que ignora os registros", lamentou Kelly.
Ela, inclusive, ressalta uma história recente com o 1746, de fechamento de protocolo...sem resposta.
"Liguei para lá, fazendo a mesma reclamação, da árvore cujos galhos invadem meu prédio. Cheguei até a ouvidoria. Tempo depois, eles fecharam, concluíram o pedido, sem resposta. Liguei para lá questionando ter aberto a reclamação e terem fechado sem nenhuma resposta".
Já na terra de Noel...
Em Vila Isabel, outro morador questiona a Comlurb. Com três protocolos, onde dois apontam a necessidade de poda, as árvores da Rua Jorge Rudge com Oito de Dezembro seguem crescendo.
"Apesar da árvore ter sido plantada na calçada, próxima ao meio-fio, e existir uma boa distância entre a grade e o prédio (acredito que sejam pelo menos 5 metros no total), temos galhos invadindo as varandas do condomínio. A queda de galhos é frequente e já ocorreram dois prejuízos por causa disto. Um dos nossos sensores do alarme foi danificado e o condomínio teve que arcar com o prejuízo de aproximadamente R$ 2.500,00 (aquisição e serviço de substituição). Outro galho caiu sobre um dos veículos que estava em nossa garagem. Neste último caso, o morador não informou o custo do reparo", ressaltou Helio Geminiano.
Procuramos a Comlurb para falar da ausência de poda, Em nota, a Comlurb informa que todos os pedidos de poda realizados via 1746 são atendidos com vistoria. O serviço só é realizado se a vistoria constatar a real necessidade por meio de laudo fornecido pelos engenheiros florestais e agrônomos. Quando a árvore está em contato com a rede elétrica, é preciso atuação conjunta com a Light para garantir a segurança dos garis.
Se a vistoria apontar algum tipo de risco, a poda é feita em seguida. Se não, o manejo entra na programação para ser realizado. Já a Prefeitura também não falou sobre o 1746, que abre e fecha protocolos sem resposta.
