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Cracolância do Metrô

Moradores do Maracanã pedem uma solução para usuários de drogas na São Francisco Xavier

Grupo consome drogas na porta das residências e dorme nas proximidades da universidade

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Os moradores da rua São Francisco Xavier, no Maracanã, buscam uma solução para o consumo de drogas e a ocupação irregular de usuários de entorpecentes e moradores em situação de rua que dormem no local.  Segundo comerciantes e moradores da localidade, o trevo da UERJ e a favela do Metrô, trecho conhecido entre a rua São Francisco Xavier e a av. Rei Pelé, voltou a ser moradia e ponto para consumidores de drogas. 

"Sou morador da área do Maracanã, próxima à UERJ. Existe uma praça próxima ao campo de esportes da UERJ, atualmente, está tomada por viciados em crack. Vejo da minha janela alguns desses viciados queimando cabos de telefonia para vender o cobre no ferro velho e consumindo drogas próximo as bocas de fumo que ficam do lado da Mangueira. Além de cabanas que foram montadas no terreno próximo ao Metrô.  Até na porta de nossas casas usam como ponto de drogas. Não aguentamos mais tal situação", disse um morador.

Apesar da Prefeitura do Rio, através da Secretaria Municipal de Ordem Pública, estar realizando ações em conjunto com a Comlurb e os policiais do 6º BPM para a limpeza e retirada de usuários de entorpecentes, os moradores denunciam que esses usuários retornam ao mesmo espaço. 

De acordo com moradores, no local funcionou a base do Segurança Presente que coibia a ocupação irregular de usuários de drogas. Com a suspensão do contrato realizado entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a firma que alugava os contêineres o anexo da base saiu do local.  Os comerciantes da região querem que o poder público ocupe a praça com  algum órgão público.

Nossa redação entrou em contato com a assessoria de Comunicação da Prefeitura do Rio e do Governo do Estado do Rio de Janeiro para saber quais providências estão sendo tomadas para atender as solicitações dos moradores e comerciantes da localidade.

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Ordem Pública, disse em nota "realizou diversas operações de ordenamento no trevo da Uerj em 2023. Na última ação realizada pela secretaria, 14 estruturas precárias que serviam como moradias foram removidas e 40 toneladas de lixo durante a operação de ordenamento no entorno dos bairros do Maracanã e Mangueira. Os agentes percorreram a Rua Visconde de Niterói,  Avenida Bartolomeu de Gusmão, Viaduto da Mangueira, Avenida Rei Pelé, encontrando muito lixo como pneus, entulhos de obra e tapumes. Os agentes também encontraram 36 objetos perfurocortantes e inúmeros materiais para consumo de drogas. Foram desfeitas três ligações clandestinas de luz e uma de água, que abastecia residências e alguns estabelecimentos que realizam serviço automotivos. Além disso, 16 pessoas em situação de rua foram abordadas pelos agentes da Secretaria de Assistência Social, mas nenhuma aceitou acolhimento, e seis veículos foram removidos por estarem estacionados irregularmente. Uma nova ação da SEOP já está programada para o local".

Já a assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar do Governo do Estado do Rio de Janeiro disse em nota "que o 6° BPM (Tijuca) está sempre ao dispor dos demais órgãos públicos para a realização de ações conjuntas nesse sentido, que intercedam por esta população em situação de vulnerabilidade. Porém, a Polícia Militar é responsável pelo policiamento ostensivo e prisões em flagrante.

Esse cenário apresenta uma discussão muito mais ampla, e diversos entes do poder público precisam construir uma narrativa que atenda aos seus questionamentos.

É importante que se deixe claro que estar em situação de vulnerabilidade nas ruas não configura crime por parte de nenhum cidadão.

Porém, o conjunto de iniciativas relativas a esse problema urbano passa por questões de alocação, atendimento médico e psicológico, realocação no mercado de trabalho etc.

É nítido que a questão vai muito além das atribuições da Polícia Militar, que, ainda assim, reitera sempre estar à disposição para colaborar com a segurança dos demais entes públicos durante esse trabalho".

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