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Revitalização do Rio Comprido

Paes autoriza projeto de criação de um parque que revitalizará o Rio Comprido

Área no Elevado Paulo de Frontin se transformaria no High Line Park de Nova York

Foto: Divulgação/Fundação CESGRANRIO
Foto: Divulgação/Fundação CESGRANRIO

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, autorizou nesta sexta (23), o estudo de implantação de um parque urbano, sob o Elevado Paulo de Frontin, que revitalizará o Rio Comprido. Segundo a Fundação Cesgranrio, o projeto de autoria do arquiteto Jorge Delmas, além do parque urbano, prevê a construção de uma ciclovia, restaurantes, áreas de convivência e arte, custeado por várias fundações. No espaço, ainda haveria um jardim com mais de 500 espécies de plantas, que ficariam nas colunas e canteiros sob o elevado.

A ideia que pretende revitalizar o bairro vem após a comunicação da Universidade Estácio de Sá sobre a desativação do Campus João Uchôa e a transferência dos funcionários, alunos e bens móveis para o novo campus Maracanã. A saída da universidade do bairro e da sede da Bradesco Seguros vinha preocupando moradores e comerciantes da região, que reclamam do abandono da área e de uma possível crise no comércio local.

"Nosso bairro vem perdendo instituições importantes e que movimentam financeiramente o comércio local. Esse parque urbano é uma ótima oportunidade de manter os pequenos comerciantes, de fazer com que pessoas visitem mais o nosso bairro e os próprios moradores consumam na própria região", disse o dono de um estabelecimento.

A inspiração do projeto do arquiteto Jorge Delmas veio do High Line Park em Nova York, que é uma longa passarela verde, exclusiva para pedestres, que atravessa os bairros de Meatpacking, Chelsea e Midtown West e tem 19 quadras de extensão, à beira do rio Hudson.

O parque linear público foi construído sobre uma antiga linha férrea suspensa, com 200 espécies de plantas, obras de arte espalhadas por toda sua extensão, eventos e restaurantes ao longo da via.


As constantes transformações na av. Paulo de Frontin levaram à degradação do bairro

A av. Paulo de Frontin, até a década de 60, era uma área arborizada com várias casas, edifícios de apartamentos e já possuía o canal do Rio Comprido ao centro, dividindo a avenida em duas pistas. No entanto, a construção do Elevado Paulo de Frontin e do Túnel Rebouças, a movimentação constante de veículos pela via, o barulho, a poluição e a falta da entrada de luz natural nos imóveis próximos contribuíram para que muitos moradores se mudassem do local e para um processo de transformações urbanas que degradam o bairro.

Por outro lado, o surgimento do Hospital do Corpo de Bombeiros, da casa de festas Le Buffet, do Campus João Uchôa da Universidade Estácio de Sá, da Fundação Osório, do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), do Hospital da Aeronáutica, da Bradesco Seguros, da Unicarioca, da sede do Canal Futura e da Fundação Cesgranrio e das lojas de malharia da rua Aristides Lobo fizeram com que o bairro crescesse e fossem impulsionadas as atividades comerciais e de serviços, como restaurantes, padarias e supermercados.

Com a saída da sede da Bradesco Seguros e do Campus João Uchôa da Universidade Estácio de Sá, moradores e comerciantes do bairro ficaram preocupados com um possível colapso financeiro e com o abandono do bairro, já que a localidade possui constantes problemas de urbanização, saneamento básico e segurança pública.

O projeto "Underline Carioca" é um caminho para a revitalização urbana do Rio Comprido, do desenvolvimento local e do fortalecimento da segurança pública.

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