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Outra ameaça asiática?

Especialista sobre vespa assassina: "se não houver cuidado, podem vir para o Brasil"

Biólogo alerta que globalização e parceria comercial Brasil x China/Japão podem trazer inseto para cá

Foto: Departamento de Agricultura de Washington
Foto: Departamento de Agricultura de Washington

Vespa asiática. Ela tem sido assunto nos últimos dias, após um vídeo divulgado circula pela internet, onde uma única vespa atacou e matou um camundongo. Originária do Japão e China, já foi vista na fronteira dos Estados Unidos com Canadá. E no Brasil? Elas podem vir para cá? Como elas podem chegar?

"Temos recebido consultas nesse sentido e há de se ter muito cuidado, pois há três espécies de vespas que se confundem e tem características semelhantes: a vespa voluntina, que foi responsável pela morte de uma pessoa em Compostela, na Espanha, tem 2cm e a causa mortis deve ter sido reações alérgicas. Já uma outra, conhecida como a vespa cabro, que é a espécie que matou o rato do vídeo. E a mandarina, que já foi vista nos EUA e Canadá, onde até colmeia foi localizada lá", explica o biólogo do Instituto Vital Brazil, Cláudio Maurício Souza.

Segundo o especialista, a vespa mandarina é extremamente forte e é bastante predadora.

"Ela tem um senso de ataque muito aguçado, principalmente em insetos. Seu ferrão é capaz até de ultrapassar roupas específicas de apicultores. Tem sete vezes mais veneno que as abelhas", relata.

Segundo Souza, o veneno da vespa mandarina pode matar até quem não é alérgico às abelhas.

"Uma pessoa atacada por essa vespa pode apresentar um quadro grave. Cem picadas de abelhas podem causar danos nas pessoas. Já a mandarina, metade disso. Seu veneno possui melitina, que atua no sistema nervoso, causa dores muito fortes e pode afetar músculos e o sistema renal".

Pode vir ao Brasil?

E as chances desta abelha vir para território brasileiro? Para o biólogo, a possibilidade existe.

"Há duas chances de acontecer. A primeira, vir dentro de algum container, onde ela entraria atraída por alguma coisa que seus sensores possam captar. Seria uma vinda rápida pro Brasil, até. Brasil e China tem laços comerciais de importação e exportação, o Japão também.

A outra, mais remota e demorada, é, sim, transitando e estabelecendo colmeias por onde passa. Mas isso demoraria muitos anos. Há um caso similar de uma abelha africanizada, originária de Rio Claro, em São Paulo, que em 50 anos ocupou a América. Poderia fazer o mesmo para cá e até em menos tempo, mas ainda é uma possibilidade muito remota. Mas com tantas mudanças no ecossistema e com a diversidade de biomas que temos aqui, elas encontrariam ambiente para proliferar aqui", finalizou o biólogo.

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