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Desleixo

Abandonado desde 2016, terreno na Tijuca virou 'floresta'

Espaço de sete mil metros quadrados seria lançamento imobiliário e hoje é paraíso de mosquitos

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A Rua Conde de Bonfim, na altura do número 977, tem uma "segunda Floresta da Tijuca". Mas a floresta em questão não é uma "menção honrosa" e sim uma crítica. Um terreno abandonado, que seria um empreendimento imobiliário, é, literalmente, mato puro. Cercado por um tapume, o empreendimento deveria ser entregue em 2019, mas não saiu do papel. A Gafisa, construtora responsável pelo conjunto de prédios que seria no local, até realizou eventos culturais em 2016, quando o terreno foi adquirido, para apresentar o "Gafisa Like Tijuca".

Hoje, os moradores do entorno do terreno estão preocupados: com a proliferação rápida e contínua dos mosquitos Aedes Aegipty, o terreno é uma verdadeira bomba-relógio.

"Estamos com problemas de dengue na Tijuca e esse terreno é viveiro do mosquito que está abandonado pela construtora Gafisa. O terreno virou uma mata fechada. Até cobra, oriunda dali, já entrou em meu condomínio e já denunciei para Subprefeitura da Tijuca, que nada resolveu", lamentou Charles Silva, que mora atrás do terreno e que reclamou com a Subprefeitura da Grande Tijuca ano passado, antes da epidemia da dengue.

Pelo informe publicitário publicado em um jornal em 2016, a Gafisa informa que o citado "Gafisa Like Tijuca seria construído em um terreno de 7 mil metros quadrados, o empreendimento tem 267 unidades residenciais, distribuídas em quatro blocos: 190 apartamentos de dois quartos (de 65 m² a 74 m²), 40 de três quartos (de 88 m² a 150 m²), 16 gardens e 21 coberturas; sendo 17 de 3 quartos e 4 de quatro quartos (de 171 m²). Além disso, dez lojas instaladas no piso térreo oferecerão produtos e serviços variados".


Hoje, os 7 mil metros quadrados é um grandioso terreno abandonado. Procuramos também a Subprefeitura da Grande Tijuca. A pasta informou que no dia 24 de janeiro já havia sido diagnosticada a necessidade de limpeza do local. Junto com a Comlurb, entrou em contato com a Gafisa que um mês depois, deu resposta para a Prefeitura "se comprometendo a realização da limpeza". A Comlurb confirmou que irá monitorar a realização desta limpeza.

Já a Gafisa informou, em nota, que o terreno passa por serviço de conservação e limpeza periódico, seguindo os protocolos sanitários, e a próxima manutenção irá ocorrer dentro de quinze dias. A empresa não informou o motivo da desistência da construção do empreendimento.

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