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Conhecimento

Favelivro e Unidos da Tijuca criam biblioteca com nome de jornalista em evento na quadra da escola de samba

Leila Sterenberg é o nome do espaço literário inaugurado nesta terça-feira (25) no Borel

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Se o morro foi feito de samba, "de samba para a gente sambar", a Unidos da Tijuca acrescentou outro elemento cultural em sua sede: a literatura. Isso porque foi inaugurada nesta terça-feira (25) a biblioteca Leila Sterenberg como homenagem à jornalista homônima conhecida por trabalhar na Globo News por 25 anos, tendo saído da emissora neste ano. O evento foi realizado na quadra da agremiação, localizada no Morro do Borel, na Tijuca, Zona Norte carioca.

A iniciativa contou com o apoio conjunto da Favelivro e do Instituto de Cidadania da Unidos da Tijuca, e o espaço passa a ser a primeira biblioteca da Favelivro a funcionar dentro de uma escola de samba. E a escolha pelo nome não foi por acaso. Nascida e criada no bairro vizinho do Grajaú, integrante da região da Tijuca, Leila também tem forte ligação com o samba, tendo sido porta-bandeira do bloco Simpatia é Quase Amor. Além disso, atuou como porta-bandeira em vários ensaios da Mangueira, desfilou na infância na ala das crianças da União da Ilha e seguiu integrando os desfiles da Caprichosos de Pilares, Em Cima da Hora, Lins Imperial, Paraíso do Tuiuti e na própria Mangueira.

Relembrando parte do passado envolvido diretamente no carnaval carioca, a jornalista explicou qual a sensação que teve com o convite.

"Esse convite da Favelivro me enche de orgulho e mexe com duas paixões: livros e samba. Quem frequentou a quadra da Mangueira no fim dos anos 80, começo dos 90, com certeza me viu evoluindo com o incrível Mestre Delegado. Tudo que conquistei na vida profissionalmente foi através da minha dedicação aos livros. Acredito muito no poder de transformação da educação. (Obrigada, CAp-Uerj). Tenho pedido doações de livros e fico muito honrada em participar desse projeto da Favelivro", conta.

A abertura contou com a presença do poeta Bruno Black. Ele reforça a importância do espaço e da poesia nas comunidades.

"Eu amo as comunidades do Rio de Janeiro e subir nessa pra inaugurar uma biblioteca Comunitária da Leila Sterenberg é uma honra sem medida. Esse projeto da Favelivro que me proporciona esse ato de afeto cultural periférico e é surreal!. Gosto de gente e saber que os nossos irmãos favelados terão mais acesso à leitura, cultura e arte é um sonho realizado como cidadão e depois como agente da cultural. É muito emocionante poder estar em coletivo lutando por uma nação melhor tocando a base abrindo esse espaço de múltiplos saberes com poemas para receber a favela e a grande jornalista", ressaltou.

Além da participar e dar o nome à biblioteca, ela vem tendo o apoio de amigos como a novelista e cineasta Rosane Svartman, a jornalista Flavia Oliveira, o escritor Marcelo Rubens Paiva e o jornalista André Trigueiro para conseguir mais doações para a biblioteca com seu nome e para as 30 outras criadas e mantidas pelo Favelivro, projeto nascido em 2012 do encontro entre dois amigos, a professora de Literatura Verônica Marcílio e o livreiro Demézio Batista, com a meta de incentivar a leitura e democratizar o acesso aos livros.

O Instituto de Cidadania da Unidos da Tijuca que abrigará a biblioteca atende público de todas as idades oriundos das escolas de Ballet, Jiu Jitsu, Basquete, Capoeira, Luta Olímpica, dos projetos de Ginástica e Reforço Escolar que mantém.

"A Biblioteca Leila Sterenberg terá como foco principal fortalecer o poder da leitura nas nossas crianças e adolescentes nesse século da Era Digital", define Felipe Vieira, presidente do Instituto de Cidadania da Unidos da Tijuca, a ramificação social da GRES Unidos da Tijuca.

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