Não só as pessoas estiveram em isolamento social durante esse período da epidemia do coronavírus. Os cachorros do Grupamento de Cães (GCG) da Guarda Municipal do Rio também ficaram afastados das atividades durante dois meses por causa das mudanças nas rotinas operacionais do órgão.
Segundo a GM-RIO, o patrulhamento nas ruas e o programa de cinoterapia, realizado com jovens e adultos com deficiência na APAE-Tijuca, foram suspensos preventivamente. A cinoterapia é um recurso desenvolvido com portadores de necessidades especiais que estimula o contato direto com os animais e faz com que os pacientes apresentem melhorias no sistema imunológico e no quadro clínico. O trabalho é realizado desde 2005 pela GM-RIO e são utilizados, na atividade, o cão da raça fox paulistinha Gigante e os cães da raça golden retriever Joia, Jade e Joe, por serem dóceis e sociáveis.
"É triste este afastamento por causa da pandemia, pois não podemos levar os cães para visitar os pacientes e eles também não podem ficar sem os seus condutores. Por isso, quando venho aqui, é uma festa com muita diversão e brincadeiras. Tenho orgulho de participar deste projeto que contribui bastante na melhoria da qualidade de vida dos participantes, tanto dos idosos como das pessoas com deficiência", disse Verônica Herdy, condutora do golden retriever Joe, de 6 anos.
Já os agentes da GM-RIO também sentiram a falta da companhia de seus companheiros de quatro patas que sempre estiveram presentes nas atividades diárias. O guarda Elvis Santos, de 38 anos, relatou a falta que sentiu do cão Thor, de 4 anos, durante uma visita ao canil da instituição.
"Este período de trabalho sem a presença deles gerou muitas saudades tanto no condutor quanto no animal. Desta forma, tentamos desempenhar nossas funções da melhor maneira possível, mas sabemos que falta algo, pois somos treinados para atuar no patrulhamento preventivo em parceira com os nossos companheiros caninos", revelou Elvis.
A Guarda Municipal tem no canil um total de 36 animais. Sendo 16 pastores belgas de mallinois, 14 pastores alemães, três da raça golden retriever, um labrador, um fox paulistinha e um dálmata.
Os cães, nesse período de isolamento, tiveram uma rotina constante de soltura no campo de treinamento para evitar a ociosidade.
