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Novas perspectivas

Pfizer entrega ao governo brasileiro primeiro lote do antiviral para o tratamento da COVID-19

País recebeu, nesta quinta-feira, 50 mil unidades de Paxlovid, que reduz em até 89% os casos de hospitalizações ou mortes em pacientes com risco de progressão para forma grave da doença

Foto: Reuters/Jeniffer Lorenzini/Direiros Reservados Agência Brasil
Foto: Reuters/Jeniffer Lorenzini/Direiros Reservados Agência Brasil

A Pfizer Brasil realizou, nesta quinta-feira (29/9), a primeira entrega ao Ministério da Saúde do antiviral Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir), contendo 50 mil unidades de sua terapia oral contra a COVID-19. O envio do medicamento faz parte de um acordo assinado com o governo brasileiro que prevê também a entrega de mais 50 mil unidades.

Na América Latina, o Brasil é o terceiro país a receber o tratamento. O medicamento já está sendo ofertado no México e Panamá. Globalmente, o antiviral já foi distribuído a 43 países, com um total de 30,3 milhões de cursos de tratamento entregues.

Indicado para o tratamento da COVID-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e apresentam risco aumentado de progressão para COVID-19 grave, Paxlovid é um novo inibidor de protease desenvolvido pela Pfizer especificamente para bloquear a atividade da enzima 3LC, uma das responsáveis pela replicação do coronavírus. O medicamento demonstrou consistente atividade antiviral in vitro contra as principais variantes de preocupação identificadas (Alfa, Beta, Delta, Gama, Lambda, Mu e Ômicron).

Paxlovid foi desenvolvido para ser administrado por via oral, o que facilita o tratamento, devendo ser iniciado até cinco dias do início dos sintomas, contribuindo assim para evitar o agravamento da doença. As informações sobre a prescrição e dispensação serão coordenadas pelo Ministério da Saúde, mediante documento técnico.

"A Pfizer está honrada por dar mais um passo importante no enfrentamento da pandemia. Da prevenção por meio da vacina contra a COVID-19 ao tratamento com o antiviral, reforçamos nosso compromisso de atuar para salvar vidas e contribuir para solucionar a emergência sanitária mundial provocada pelo SARS-CoV-2", afirma a presidente da Pfizer Brasil, Marta Díez.

Dados clínicos do estudo de fase 2/3 EPIC-HR (Evaluation of Protease Inhibition for COVID-19 in High-Risk Patients) apontam que Paxlovid, na comparação com placebo, reduz em até 89% a possibilidade de hospitalização ou morte em pacientes com as formas leves ou moderadas de COVID-19 que tenham ao menos um fator de risco para a evolução a quadros graves quando administrado em até cinco dias após o início dos sintomas.

Ainda no estudo EPIC-HR, em um desfecho secundário, Paxlovid reduziu a carga viral aproximadamente 10 vezes em relação ao placebo quando o tratamento foi iniciado em até três dias após o início dos sintomas, indicando uma robusta atividade contra o vírus SARS-CoV-2 e representando a maior redução de carga viral já reportada em um agente oral anti-COVID-19.

Além disso, foi observado um adequado perfil de segurança, sem que houvesse registro de efeitos colaterais graves. Não foram observadas mortes entre os indivíduos que receberam a medicação durante o estudo clínico, enquanto 13 óbitos foram reportados entre aqueles que usaram placebo. Os achados da análise final do estudo EPIC-HR foram publicados na versão on-line do The New England Journal of Medicine neste ano.


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