Um caso de injúria racial ganhou destaque nas redes sociais após uma professora ter xingado funcionárias do Baródromo, na Rua Dona Zulmira, no Maracanã, na madrugada do último sábado. Na ocasião, a vítima foi xingada de "negra suja" e "ladra". As agressões ocorreram após a garçonete ter trocado a comanda das mesas do estabelecimento.
"Assumo que chamei ela de negra. Ela me chamou de "branca azeda" e eu chamei mesmo. Tenho doutorado", diz parte das imagens que circulam em grupos de WhatsApp.
Policiais foram chamados para conter a confusão. O caso foi levado para a 19ªDP (Tijuca), duas funcionárias do bar foram prestar depoimento e a "professora" pagou fiança de R$ 2,2 mil e vai responder em liberdade. Não conseguimos contato com a acusada para ouvir sua versão dos fatos.
Solidariedade nas redes sociais
Em sua conta no Instagram, o bar postou um texto sobre o ocorrido. Diversas mensagens de solidariedade ao caso foram publicadas na conta do bar. Veja a postagem do Baródromo.
Na última sexta, o Baródromo foi cenário de um fato muito triste e revoltante. Uma cliente que chegou à casa já no final do expediente, junto com um rapaz, se indignou com um erro na conta e xingou uma das nossas funcionárias com insultos racistas. Clientes próximos a situação saíram em defesa e também sofreram insultos raciais e homofóbicos. Além disso tudo, ainda sobrou ofensas à uma outra funcionária por ser nordestina. Um pacote de horror com intolerância e preconceito numa pessoa só.
Diante do ocorrido, tivemos que conter a fúria de todos presentes para que não acontecesse um linchamento. Chamamos a polícia e fomos todos para a delegacia. A delegada decretou a prisão desta pessoa! Foi em cana! CADEIA!
Lamentamos muitos pelos nossos funcionários e clientes que passaram por esta experiência. Nos colocamos à disposição com nosso suporte jurídico para acompanhamento e prosseguimento no processo. Aqui não toleramos racistas, homofóbicos e xenófobos! Vão pro inferno!