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Dinossauros do rock

Banda Veludo, de rock progressivo, celebra 50 anos com dois shows em abril na Tijuca

Grupo se apresenta no Centro da Música Carioca Artur da Távola e no teatro Ziembinski

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Um dos nomes mais respeitados da cena progressiva brasileira, o grupo VELUDO comemora cinco décadas de trajetória com uma série de shows especiais e o lançamento do vinil "Veludo ao Vivo 1975", que resgata uma das apresentações mais icônicas da banda, gravada ao vivo no Festival Banana Progressiva, em São Paulo. Para celebrar esse marco, o grupo se apresenta no Rio de Janeiro em duas datas: 17 de abril, às 19h, no Centro da Música Carioca Artur da Távola, e 30 de abril, às 20h, no Teatro Municipal Ziembinski, com ingressos a preços populares.

Fundado em 1974, o Veludo foi, ao lado de nomes como Os Mutantes, O Terço e Som Nosso de Cada Dia, um dos pilares do rock progressivo nacional. A banda surgiu da fusão de dois grupos da cena carioca — Antena Coletiva e Penetrando por Todo Caminho — e logo chamou atenção por sua proposta estética ousada, unindo o vigor do rock psicodélico à sofisticação da música clássica, ao experimentalismo eletrônico e à riqueza rítmica da música brasileira.

Ainda que não tenham lançado discos na década de 1970, sua atuação ao vivo foi arrebatadora. Entre 1974 e 1978, o Veludo percorreu os principais palcos do eixo Rio-São Paulo, lotando teatros e conquistando a crítica especializada. Participações em festivais como Hollywood Rock (RJ) e Banana Progressiva (SP), matérias elogiosas na mídia impressa e até uma música veiculada na íntegra na TV Globo — feito raro para artistas do rock nacional naquele período — atestam a relevância do grupo.

Agora, quase meio século depois, essa trajetória ganha um novo capítulo com o lançamento em vinil do disco "Veludo ao Vivo 1975". A gravação, feita originalmente em fita cassete durante o Banana Progressiva, em São Paulo, apresenta o Veludo em sua essência: cru, intenso e absolutamente fiel à sua proposta artística. O material, que havia sido parcialmente lançado em CD nos anos 1980, chega pela primeira vez em vinil 180g, com capa dupla, envelope especial e texto de apresentação assinado pelo jornalista e pesquisador musical Bento Araujo, autor da série "Lindo Sonho Delirante". A produção é da gravadora Rocinante Três Selos, de São Paulo.

Um espetáculo em retrospectiva

O novo show do Veludo não é apenas uma celebração nostálgica: é também uma afirmação da atualidade e vitalidade da banda. Sob a direção musical do baixista e fundador Nelsinho Laranjeiras, o espetáculo propõe uma viagem sonora por diversas fases da carreira, reunindo faixas presentes nos CDs de estúdio e no novo vinil, com arranjos revisitados e execução precisa.

O repertório inclui  "Veludeando""As 10 Fases do Homem Comum" e "Antenoriun II", além das emblemáticas "Buraco Profundo" e "Nascimento e Morte", faixa-título do mais recente álbum da banda, lançado em 2023. Canções como "O Monte""Balada Cigana" e "O Gato e o Rato" também marcam presença em um espetáculo que alia virtuosismo instrumental, sofisticação melódica e uma entrega cênica que resgata a aura performática dos anos 70.

A formação atual é composta por músicos que já se apresentaram com sucesso no Teatro Municipal de Niterói em 2024. Além de Nelsinho Laranjeiras (baixo, vocal e bandolim), integram o grupo David Paiva (vocal, guitarra e baixo), Sergio Conforti (bateria), Ronaldo Scampa (vocal, flauta e gaita) e Fernando Vinhas (teclados).

Uma obra atemporal

Embora tenha enfrentado dificuldades típicas do rock experimental nos anos 70 — como o desinteresse das grandes gravadoras por formatos não comerciais —, o Veludo sobreviveu ao tempo com dignidade artística. A redescoberta de suas composições nos últimos anos, somada à qualidade da nova formação, reforça sua importância histórica e sua capacidade de diálogo com o presente.

O lançamento do vinil e a turnê comemorativa vêm resgatar esse legado e torná-lo acessível às novas gerações, reafirmando o lugar do Veludo como patrimônio da música brasileira. "Queríamos registrar o que foi aquela energia ao vivo em 1975, sem truques de estúdio. É o Veludo em estado puro", afirma Nelsinho Laranjeiras.

Serviço:

Centro da Música Carioca Artur da Távola

17 de abril de 2025 (quarta-feira)

19h

Rua Conde de Bonfim, 824 - Tijuca, Rio de Janeiro - RJ

Ingressos: R$ 10 (meia) | R$ 20 (inteira)

Venda online: Eleventickets - Artur da Távola

Informações: (21) 3238-3831

Capacidade: 161 lugares

Teatro Municipal Ziembinski

30 de abril de 2025 (quarta-feira)

20h

Rua Urbano Duarte - Tijuca, Rio de Janeiro - RJ

Ingressos: R$ 10 (meia) | R$ 20 (inteira)

Venda online: Eleventickets - Ziembinski

Informações: (21) 3234-2003

Capacidade: 100 lugares

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