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Tiro, porrada e bomba

Morro dos Macacos bate 'recordes' de tiroteios em 2024

Foram 81 confrontos entre facções rivais com 12 mortos segundo Instituto Fogo Cruzado

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Ao longo do mês de dezembro, moradores de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, viram a violência aumentar e o número de tiroteios no Morro dos Macacos superar o registrado nos meses anteriores. Segundo o relatório mensal do Instituto Fogo Cruzado, o Morro dos Macacos chegou a 22 tiroteios mapeados no último mês de 2024. Ao todo, duas pessoas foram mortas e cinco ficaram feridas. Em dezembro de 2023, não houve tiroteios na região.

Comparado com os meses anteriores, a escalada da violência no Morro dos Macacos chama atenção:

Janeiro 2024: 4 tiroteios e 3 mortos

Fevereiro 2024: 6 tiroteios

Março 2024: 6 tiroteios e 1 ferido

Abril 2024: 6 tiroteios, 3 mortos e 1 ferido

Maio 2024: 9 tiroteios

Junho 2024: 2 tiroteios

Julho 2024: 3 tiroteios

Agosto 2024: 8 tiroteios, 2 mortos e 1 ferido

Setembro 2024: 3 tiroteios, 2 mortos e 2 feridos

Outubro 2024: 5 tiroteios

Novembro 2024: 7 tiroteios

Dezembro 2024: 22 tiroteios, 2 mortos e 5 feridos

No acumulado do ano, a violência no Morro dos Macacos superou a dos anos anteriores.

2017: 28 tiroteios, 5 mortos e 3 feridos

2018: 60 tiroteios, 1 morto e 8 feridos

2019: 58 tiroteios, 4 mortos e 5 feridos

2020: 37 tiroteios, 4 mortos e 2 feridos

2021: 39 tiroteios, 7 mortos e 2 feridos

2022: 45 tiroteios, 2 mortos e 5 feridos

2023: 17 tiroteios e 1 morto

2024: 81 tiroteios, 12 mortos e 10 feridos

"O Morro dos Macacos, nos últimos meses, tem sido palco de intensos conflitos armados. A violência na região ocorre, entre alguns fatores, devido às disputas pelo domínio da área. O que os números nos mostram é que os tiroteios no Macacos chegaram ao seu recorde em 2024, superando anos anteriores. Ainda assim, pouco tem sido feito pelo poder público para conter o avanço da violência. É preciso investir em uma política de segurança pública focada em inteligência, que não amedronte ainda mais a população que já tem sofrido constantemente com os conflitos na região", avalia Carlos Nhanga, coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado no Rio de Janeiro.

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