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Perigo em duas rodas

Rio de Janeiro: Acidentes com moto em 2022 já contabilizaram mais de 7 mil casos

Dados do Corpo de Bombeiros é até 4 de maio; especialistas alertam


Neste mês, a campanha Maio Amarelo reforça a importância da segurança no trânsito, mas estatísticas trazem preocupação e alerta: no Rio de Janeiro, somente acidentes envolvendo colisão entre veículos e motocicletas contabilizaram 7.402 ocorrências de janeiro até 4 de maio, segundo o Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Rio de Janeiro, média de dois acidentes por hora. Em 2021, a corporação atendeu a 22.685 chamados nesse sentido.

"Sem dúvida, os acidentes de moto são uns dos maiores responsáveis pelos gastos com pacientes vítimas de trauma na saúde", pontua o presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA), Dr. Vincenzo Giordano Neto. De 18 a 21 de maio, a Barra da Tijuca será a sede do XXVII CBTO (Congresso Brasileiro de Trauma Ortopédico), realizado pelo TRAUMA e que reunirá médicos de todo o Brasil, especialistas em lesões traumáticas, como as decorrentes de acidentes de trânsito.

Dados da Secretaria estadual de Saúde mostram aumento de 30,5% nas internações para tratamento de vítimas de acidentes de trânsito: no ano passado, foram 10.844 atendimentos ante 8.305 em 2020. Já neste ano, até fevereiro, foram 832 internações. De acordo com a Pasta, os principais diagnósticos são fratura de perna e traumatismo intracraniano, "e a principal causa das internações, motociclistas traumatizados em acidentes de transporte", salienta a Secretaria, em nota.

Em 2021, segundo o ISP – Trânsito, do Instituto de Segurança Pública, do Rio de Janeiro, foram registrados 17.760 acidentes, 2.122 atropelamentos e 1.874 mortes no trânsito.

Os acidentes envolvendo transportes estão entre as principais causas de politraumatismos, situação a qual dois órgãos ou mais, ou a partir de duas partes distintas do corpo são lesionadas gravemente. "O politraumatismo, muitas vezes, leva a uma condição de esgotamento da capacidade fisiológica de equilíbrio orgânico, o que eleva a taxa de mortalidade. Além disso, sobreviventes de politraumatismos poucas vezes retornam à vida comum. Na maior parte dos casos, a vítima precisa conviver com uma série de sequelas deixadas pelo acidente", ressalta o presidente do TRAUMA.

O especialista explica que as fraturas e luxações estão entre as lesões mais comumente observadas nesta população, "além de outros traumas não esqueléticos e com desfechos muito desfavoráveis, tais como lesões cerebrais, do tórax e do abdome", pontua. "Nestes pacientes, a ocorrência de lesões ósseas e articulares graves e eventualmente expostas incorre em maior grau de dificuldade no tratamento, assim como maior risco de sequelas e danos irreversíveis", salienta.

Cinto de segurança

Uma importante questão a ser lembrada é o uso do cinto de segurança e também no banco traseiro. Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019 e divulgada em 2021 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 54,6% dos entrevistados afirmaram utilizar o cinto no assento de trás.

No fim de março, o alerta ganhou força com o caso do ex-BBB Rodrigo Mussi, que estava em veículo de aplicativo, não utilizava cinto de segurança e, em acidente, ficou gravemente ferido, estando atualmente em processo de recuperação. "No caso de uma batida, um corpo solto em um automóvel mantém a mesma velocidade que estava até encontrar uma barreira. Com isso, sem o cinto, em uma batida a 60 km/h, essa será a velocidade com que uma pessoa atinge o para-brisa", explica o presidente do TRAUMA.

Álcool e direção: combinação letal

Outro ponto acende alerta: embora no Brasil a legislação determine tolerância zero de álcool para motoristas, em 2021, 1.218 pessoas foram autuadas no Rio de Janeiro por dirigirem embriagadas, o que potencializa o risco de acidentes, uma vez que a coordenação motora e noção de espaço do motorista são reduzidas e os reflexos ficam comprometidos. Isso significa que, a cada 24 horas, três pessoas foram pegas alcoolizadas ao volante em território carioca, de acordo com os dados do ISP Trânsito. A maior parte dessas ocorrências aconteceu na capital, sendo a Barra da Tijuca o local com o maior número de registros.

"Os agravos que envolvem as vítimas de acidentes de trânsito podem ser evitados com atenção e prudência. Se beber, não dirija, trafegue com calma, não use o celular enquanto dirige, respeite os limites de velocidade e as leis de trânsito, enfim, preserve sua vida e a de seus entes queridos, que é o que de mais valioso temos", conclui.

Mais informações no site https://otrauma.com.br/.

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