"Não está fácil não" A frase curta reflete a vida da empresária dona da clínica Rainha das Plásticas, Wania Tavares, após a morte da funkeira MC Atrevida, que fez um procedimento estético na unidade de Vila Isabel. A vítima, que morreu em 30 de julho deste ano, fez uma hidrolipo onze dias antes. Com a morte da funkeira, a clínica, que fica na Rua Hipólito da Costa, se encontra fechada. Em entrevista exclusiva ao portal Grande Tijuca, Wania afirma que contraiu dívidas, sofre ameaças e, com depressão, toma remédios tarja preta três vezes ao dia.
"Estou na base do Rivotril, três vezes ao dia. Esta situação toda é deprimente. Sou acusada de algo que foi uma fatalidade. E ela morreu dez dias depois do procedimento. A clínica não tem problemas, a Vigilância Sanitária elogiou o local. Tenho mais de duas mil clientes, só ver o histórico. É um massacre tudo isso", lamenta Wania.
A empresária relatou que passa por dificuldades financeiras.
"Estou devendo quase R$ 40 mil de aluguel da clínica. Vivo à base de empréstimos. Já fiz três. Não tenho fonte de renda, tenho funcionários sem receber. Mês passado, roubaram quatro portões de alumínio da clínica, hidrômetro. Um pesadelo sem fim".
Wania afirma também sofrer ameaças nas redes sociais.
"Em agosto, soube que uma pessoa publicou no Facebook dizendo que iriam me matar, destruir a clínica. Me xingaram. Tive que dar queixa na delegacia", enfatizou.
Apesar dos problemas, ela acredita na Justiça e na sua advogada.
"Tenho uma advogada que é um anjo. Está trabalhando muito para tentar me dar a dignidade de volta, de poder trabalhar, de poder ter minha vida de volta. Confio na Justiça dos homens e de Deus".
Local está liberado pela Prefeitura
A Prefeitura do Rio, através da Vigilância Sanitária, liberou o estabelecimento para funcionamento. Ele foi desinterditado em 09 de outubro. As condições sanitárias, segundo o órgão, encontravam-se adequadas, porém, foi lavrado um termo de intimação com prazo até 8 de dezembro para adequações à estrutura física. A clínica apresentou Licença Sanitária atualizada e certificado de responsabilidade técnica emitido pelo CREMERJ, sendo desinterditado no momento.
Procuramos a Polícia Civil e até o fechamento da reportagem, não se manifestaram sobre o caso.
