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Dia do Comerciário

Ex-funcionária da Casa Pedro da Tijuca faz homenagem ao falecido dono pelo dia do comerciário

Eduardo Mussalem era um dos proprietários e morreu na semana passada

Foto: Reprodução/Google Street View
Foto: Reprodução/Google Street View

A tradicional Casas Pedro perdeu, na última quarta (14), um de seus principais donos, Eduardo Pedro Felippe Mussalem, aos 68 anos. Segundo os funcionários do estabelecimento, Eduardo, que era conhecido por sua generosidade e bom coração, buscava sempre ajudar aqueles que trabalhavam consigo. O libanês era dono de várias lojas na Grande Tijuca e constantemente visitava todas elas. Roberta Monteiro, que trabalhou como supervisora de vendas nas Casas Pedro da filial Tijuca, contou com exclusividade ao portal Grande Tijuca nesse dia do Comerciário como era o dia a dia com o ex-chefe.

"O Sr. Eduardo Pedro Felippe Mussalem foi dono da rede das Casas Pedro por muitos anos, pois era do pai dele e expandiu tanto, que até hoje você pergunta: onde tem o melhor bacalhau para o Natal? Todos falam: vai às Casas Pedro. Com a graça de Deus, eu o conheci num restaurante chamado, na época, de Vaca Brava, onde eu trabalhava como recepcionista. Ele sempre frequentava o lugar e seu pedido até hoje não sai da minha cabeça. Ele gostava muito de casquinha de siri, não com queijo por cima e sim com farinha de rosca, e para pôr para assar. Um belo dia ele falou assim : Você quer trabalhar para mim? Aí eu disse: Como assim? O que o Sr. faz? Ele me respondeu: Anota o endereço e vai lá amanhã! Aí eu fui. Foi em uma época que havia uma crise no país financeira muito grande, eu tinha uma filha pequena, que tinha dois aninhos, e hoje minha filha está com 15 anos. Quando fui trabalhar para ele, percebi que a pessoa que conheci no restaurante e no escritório era igual, um coração que não cabia dentro do peito. Imagina um árabe de tudo de bom, era o Sr Eduardo. Estou fora da empresa dele há mais de 8 anos, mas nunca esqueci nenhum deles, porque a humildade não era só dele e sim dos filhos, Simone, Mariana, Pedro e o genro dele, o Ivan. Nós, lá em cima no escritório, éramos uma família feliz, digo com toda a sinceridade, do fundo do meu coração. O Sr. Eduardo não era meu patrão, ele era um pai e amigo. Sou grata por tudo que ele fez por mim, pelos puxões de orelha, pelas nossas gargalhadas que sempre foram muitas, por eu ter feito parte da sua empresa e da sua vida", disse Roberta Monteiro, emocionada.

Eduardo era um dos filhos de Betrus Mussalem, fundador das Casas Pedro na década de 20. Betrus morava na Saara (no Centro do Rio) e tinha uma loja na Rua Tomé de Souza, onde morava na parte de cima. Ele, a mulher e os quatro filhos começaram o negócio vendendo frutas frescas que compravam na CADEG. Betrus, depois de alguns anos, veio a falecer e, antes de tudo, pediu aos seus filhos, Eduardo e Said, para que continuassem com o negócio. Os filhos continuaram com o negócio, que se expandiu ao longo dos anos. Com mais de doze lojas, as Casas Pedro são administradas pela terceira geração da família.

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